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Feira da Cultura celebra encerramento do ano letivo com atividades multidisciplinares

30 de maio de 2023

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A Feira da Cultura é uma das atividades de encerramento do ano letivo da Fundação Torino, uma vez que a Escola segue o calendário europeu. Este ano, o evento foi realizado em dois sábados: no dia 20 de maio, os alunos da Materna e Elementare (Educação Infantil e Fundamental I) apresentaram seus projetos; no dia 27, foi o dia dos alunos da Media e Superiore (Fundamental II e Ensino Médio).

Nessas datas, todas as turmas têm a oportunidade de apresentar, de várias maneiras e formatos, o aprendizado conquistado durante o ano letivo. Assim, o tema escolhido pode ser trabalhado em diferentes áreas do conhecimento, estabelecendo uma conexão entre as disciplinas, com um único assunto explorado sob vários pontos de vista. “Este ano foi muito especial, pois retomamos a Feira da Cultura totalmente presencial, após os anos de pandemia”, conta Marcus Vinícius Leite, Professor e Diretor Didático Brasileiro da instituição. “É um momento de a escola ser aberta para as famílias, que ficam entusiasmadas em apreciar o que os alunos pesquisaram, elaboraram e executaram para a feira. É o evento onde se pode perceber o que uma escola internacional pode oferecer tanto na sua filosofia bicultural como na sua imersão nas atualidades, sobretudo na realidade brasileira”, explica.

Para coordenadores e professores da Fundação Torino, fica evidente o grande interesse dos alunos, tanto da Media e Superiore, como os da Elementare e Materna, pelos assuntos escolhidos. “É perceptível o encantamento dos pequenos com o tema da Scuola Materna deste ano – Un’Odissea Nello Spazio (Uma Odisseia no Espaço) – Os alunos nos surpreenderam com o conhecimento que adquiriram, não se limitando aos símbolos comumente relacionados ao espaço”, comentam as orientadoras pedagógicas Anna Carolina Narciso e Paula Cristina da Silva, e a professora Juliana Diniz, que trabalham na Scuola Materna. “Os alunos da 4ª Materna experimentaram pela primeira vez a Feira da Cultura pois, com a pandemia, não puderam ter essa vivência nos anos anteriores”, complementam.

Uma exposição coletiva com representações dos astronautas mais importantes da história, o sistema solar, as estações do ano, entre outros elementos, além de uma exposição sobre as descobertas, exploradas a partir de materiais reciclados, fizeram parte do projeto da Scuola Materna. “Esta conscientização de reutilizar materiais é uma forma de trazer para os alunos que a Terra também faz parte do Sistema Solar e que precisamos cuidar dela. É um olhar para fora e ao mesmo tempo para a nossa casa”, contam as docentes. No Laboratorio Sensoriale Gianni Rodari foram expostos, em cavaletes, pinturas representando curiosidades e contribuições das viagens espaciais para a vida humana, como a criação dos satélites, por exemplo. Ainda realizada pela Materna, uma mesa de luz desenvolvida no FabLab da escola simulou as constelações do Sistema Solar.

A Scuola Elementare teve como tema principal o tempo e suas diversas formas de medição, observação e travessia. Uma das turmas fez uma caixa do tempo com cartas para serem lidas no futuro. “O percurso da memória é trabalhado entre os alunos, que tiveram autonomia para expressar suas interpretações sobre o tema”, comenta Marcus Vinícius. Outra turma executou, junto ao FabLab, um brinquedo autômato, mostrando que a robótica pode estar presente em diferentes aspectos e momentos da vida.

A Scuola Media trabalhou assuntos diversos: “A Feira de Abril”, tradicional evento de Sevilha; “O Futurismo e o Automobilismo”; “A Fotografia e o Cinema”, além da simulação de um “Tribunal do Frankenstein”, personagem clássico de Mary Shelley. Ainda fizeram um tabuleiro de xadrez em escala humana, mostrando a genialidade desse jogo de estratégia e raciocínio.

A variedade de temas e propostas seguiu na Scuola Superiore. Algumas turmas apresentaram a riqueza do início da arte teatral na trajetória do autor italiano Carlo Goldoni, que revolucionou a dramaturgia e a cena literária nos anos 1700, e encenaram também trechos da peça “Aululária”, do comediógrafo romano Plauto, criada em 194 a.C. Uma sala se transformou em um scape room e teve como pano de fundo a peça mais famosa de Shakespeare, “Romeu e Julieta”. Ainda no campo literário-teatral, uma apresentação interativa da obra “O Médico e o Monstro”, de Robert Louis Stevenson, trabalhada nas aulas de Língua e Literatura Inglesa, convidaram os visitantes a participar da investigação dos crimes presentes no livro, conciliando os conteúdos estudados nas aulas de Ciências Humanas, Direito, Filosofia e Física.

Paralelamente aos trabalhos que reverenciam a tradição em plataformas atuais, os projetos que envolvem ciência dão um passo à frente no futuro. Em parceria com a UFMG, a disciplina eletiva de Biotecnologia simulou um laboratório de como essa ciência é utilizada na elucidação de crimes pelas polícias científicas ao redor do mundo. Os alunos envolvidos neste trabalho tiveram a oportunidade de aprender, com professores e alunos da universidade, os processos para se chegar às conclusões de delitos a partir de coletas de materiais. Outro projeto foi “Da Peste à Pandemia”, que mostrou uma sala de cinema pós-apocalíptica, na qual um curta-metragem retratou as marcas das pandemias ao longo dos séculos.  Ainda puderam ser vistos trabalhos desenvolvidos dentro do Club di Scienze Leonardo da Vinci durante o ano letivo, além de outros feitos especialmente para a Feira de Cultura, com o objetivo de estimular o interesse pela física e as ciências em geral.

“A diversidade de trabalhos mostra a importância de atravessarmos os mais variados universos, fazendo paralelos da cultura de formação, fundada há séculos, com o que produzimos na atualidade. Tanto o corpo docente como os alunos estão atentos à realidade do mundo, e trazer essa realidade contextualizada ao calendário didático facilita o entendimento das apresentações da Feira, tanto para os estudantes como para os visitantes externos.”, comenta Ricardo Cassoli, professor de Língua Italiana e História e Coordenador da Scuola Superiore. A proposta multidisciplinar, além de colocar em evidência as ligações entre ciências distintas, unidas por um mesmo tema, atrai os alunos de forma interativa e colaborativa. “É uma oportunidade única dos alunos apresentarem às famílias uma rica conclusão dos conteúdos aprendidos durante o ano letivo. Eles se sentem prestigiados e engajados em um projeto coletivo. É uma experiência enriquecedora para a formação individual, que os prepara para os muitos desafios e alegrias da trajetória acadêmica.”, explica Ana Paula Costa, orientadora educacional da Fundação Torino.